quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

53CBC2010 - de 01 a 04 de novembro


Período: De 01 a 04 de novembro de 2011
Local: CENTROSUL
Av. Governador Gustavo Richard, 850 – Baía Sul – Centro
Florianópolis/SC
CEP: 88010-290
Comissão Organizadora
Rua Julieta do Espírito Santo Pinheiro, 68
Bairro Jardim Olímpia
São Paulo - SP - Brasil
05542-120
Fone/Fax: +55 11 3735-0202
Fax: +55 11 3733-2190
e-mail: office@ibracon.org.br

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pontes para trem de alta velocidade

Palestra no Instituto de Engenharia no dia 16/12, às 20:30 h, com transmissão online.

Expositores:

Eng. Dr. Francisco Millanes Mato
Professor de Pontes e Estruturas Metálicas e Mistas na Universidade Politécnica de Madrid. Engenheiro Projetista de Pontes e Presidente da IDEAM – Engenheiros Consultores S/A – Espanha.
Engenheiro de Estradas, Canais e Portos, com Especialização em Fundações e Estruturas pela Universidade Politécnica de Madrid. Doutor-Engenheiro em Engenharia Civil, com Especialização em Mecânica das Estruturas pela Êcole Nationale des Ponts et Chaussées, Paris.
Prêmio “Special Mention FIB Awards for Outstanding Structures 2006” – Ponte Infarte D. Henrique, Porto – Portugal (com Eng. Antônio Adão da Fonseca).
Prêmio “Certification of Nomination 2008 ECCS Award for Steel Bridges” – Viaduto Arroyo las Piedras, Espanha.
Prêmio CONSTRUMAT para melhor obra de Engenharia Civil de 1987 – Ponte Estaiada de Alcoy, Espanha.

Eng. Dr. Antônio Adão da Fonseca
Professor de Pontes e Estruturas Especiais na Universidade do Porto.
Engenheiro Projetista de Pontes e Presidente da Adão da Fonseca – Engenheiros Consultores Ltda. – Portugal.
Engenheiro Civil pela Universidade do Porto.
Doutor em Engenharia de Estruturas pelo Imperial College of Science and Technology of the University of London.
Prêmio “Special Mention FIB Award of Outstanding Structures 2006“ – Ponte Infarte D. Henrique, Porto – Portugal (com Eng. Francisco Millanes Mato).

Departamento de Engenharia do Habitat e Infraestrutura
Divisão de Estruturas

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Conheça os 10 edifícios mais altos do mundo...

Clique no infográfico...

Estais começam a ser instalados no mastro central de ponte na Marginal Tietê

Do Instituto de Engenharia

Fonte: PiniWeb


Obra do Complexo Bandeiras, em São Paulo, deve ser finalizada no primeiro semestre de 2011

A nova ponte estaiada da cidade de São Paulo deve ficar pronta já no primeiro semestre de 2011. A ponte, que ligará a avenida do Estado à pista sentido Castelo Branco da Marginal Tietê, faz parte do Complexo Bandeiras, do projeto da Nova Marginal. Com 974 m de extensão, a construção é realizada pelo Consórcio Desenvolvimento Viário, formado pela Empresa Industrial Técnica (EIT) e pela Egesa Engenharia.



Ponte será em frente ao complexo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo
Alguns estais de parte da ponte foram instalados e o mastro central, que está sendo construído com sistema de fôrmas trepantes, já está com espaço para receber novos estais. O mastro foi colocado no canteiro central da Marginal no sentido Ayrton Senna.

Vigas pré-moldadas sustentarão as três pistas de rolamento existentes na ponte, que é construída em balanço sucessivo moldado in loco. Segundo o Dersa, serão utilizadas 320 t de aço de protensão, 18 mil m³ de concreto e 2.250 t de aço CA-50 na construção.

A obra, iniciada em março de 2010, conta com a participação de aproximadamente 300 trabalhadores. Segundo o engenheiro responsável pela obra, Derci Brigo, "as dificuldades que poderiam existir como logística de entrega de materiais, pela obra estar em via de alto tráfego, ou riscos de acidentes do trabalho, por estarmos trabalhando em grandes alturas, foram resolvidas no planejamento inicial da obra", disse.

Segundo o Dersa, o Complexo Bandeiras completo tem um custo estimado de R$ 150,45 milhões. Além da ponte estaiada, o complexo receberá outras três pontes, sendo que apenas uma delas está pronta, a que passa sobre o Rio Tamanduateí.

Túnel de vento

A ponte passou por uma bateria de testes realizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), com a intenção de avaliar os efeitos estruturais devido às ações dos ventos na região. O trabalho se concentrou nas determinações dos efeitos do vento sobre um modelo seccional do tabuleiro da ponte, pois esse é o elemento estrutural que está sujeito às maiores cargas de vento.

Para a realização das análises experimentais, foi construído, instrumentado e monitorado um modelo na escala 1:50, pelo Laboratório de Sistemas Estruturais (LSE). O modelo manteve, para a escala reduzida, as relações de forma geométrica, massa, rigidez e amortecimento do protótipo. Dentro do túnel, o tabuleiro é acoplado a um conjunto de molas e massas que simulam essas características dinâmicas do tabuleiro da ponte. Os efeitos estruturais do modelo reduzido foram registrados pela monitoração das forças de sustentação, forças de arrasto e as de aceleração do tabuleiro, grandezas medidas com células de carga e acelerômetros.
Ponte será construída com sistema de balanço sucessivo e término da obra está previsto para 2011
Para saber mais: Instituto de Engenharia

 

Capacitação de engenheiros é desafio do setor no Brasil

Retirado do Instituto de Engenharia
Fonte: DCI
Publicado em 02 de Dezembro de 2010

A necessidade de investimentos em infraestrutura e a preparação para eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 apontam para um grande problema do setor da engenharia no Brasil: a falta de profissionais qualificados no mercado. Segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), até 2012 haverá 150 mil vagas não preenchidas do setor no Brasil, que em 2008 formou, de acordo com o último censo escolar completo, 48 mil profissionais, apenas 5% dos formandos de cursos superiores do Brasil.

Em países como a Espanha, por exemplo, 14% dos formandos são engenheiros, enquanto em Portugal esse número sobe para 20%. Na China e na Coreia do Sul, o número varia de 25% a 30%. A relação entre o número de engenheiros formados e o número de habitantes também é baixa no País: 2 por 10 mil. Nos Estados Unidos são 4,6 por 10 mil. Na Espanha, 6,5 por 10 mil. Na China, 13,4 por 10 mil.

Nos próximos anos, a continuidade do crescimento do Brasil exigirá grandes investimentos em áreas de infraestrutura como o saneamento e o setor de transportes, para a realização dos eventos esportivos, além da exploração do pré-sal. Além disso, o atual cenário, em que o mercado imobiliário está aquecido graças a programas como o "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, exige profissionais capacitados, mas o que se vê no mercado é diferente do que é necessário.

O problema no Brasil não passa apenas pelo desinteresse na área, mas também pela falta de qualificação de profissionais já formados e até concorrência de outros setores, segundo informa o vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Márcio Cancellara. "Tivemos uma grande crise na década de 1990 e muitas empresas de engenharia sumiram do mercado. Isso criou um desinteresse pela profissão, além da concorrência de outros setores, como o bancário, que emprega muitos engenheiros", afirma.

"Também tivemos um pequeno descolamento da grade curricular das universidades, que não acompanhou a mudança nas necessidades do mercado", explica. "Além disso, tivemos um grande avanço tecnológico. Hoje temos recém-formados, que têm técnica, junto com profissionais de 'cabelos brancos', que têm técnica e experiência. E temos também um vácuo do pessoal que não se formou nos últimos anos", explica Cancellara, lembrando dos problemas enfrentados pelo setor nos anos 1990.

Os investimentos em infraestrutura que devem ser feitos no País nos próximos anos, visando principalmente à Copa e às Olimpíadas, além do pré-sal, exigirão profissionais mais qualificados do que os encontrados atualmente. De acordo com Lineu Rodrigues Alonso, vice-presidente de ética e proteção à consultoria do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), o Brasil cresceu recentemente sem estar preparado para isso.

"Todos os países que deram grandes saltos de desenvolvimento investiram em capacitação, em treinamento, em educação", conta. "Imagino que uma das bandeiras da nova presidente deveria ser esta: vamos capacitar para o País crescer. Ou vamos ficar chamando engenheiros da Espanha?" questiona.

"É necessário, por exemplo, investimento na área de saneamento. Pode-se precisar de R$ 200 bilhões, mas se se investir R$ 200 bilhões no setor não vai dar certo, porque não há profissionais para isso", conta. "Precisa-se ter efetivamente gente treinada e capacitada, e não se tem."

Setor privado

O mercado já se mexe para tentar minimizar o problema. "Empresas atualmente têm uma prioridade de treinar e qualificar o pessoal. Temos algumas que contratam estagiários do primeiro ano da faculdade para prepará-los para se tornarem profissionais de acordo com as necessidades da companhia", explica Cancellara, da Abemi. "Além disso, existem programas de qualificação de profissionais já formados. É um investimento que deve ser feito", conta. "Para o lado que não depende das empresas, é necessário que se faça uma readequação dos cursos que algumas universidades fazem, além de ampliar o número de vagas. Os governos devem também estimular programas de formação e criar novas escolas técnicas", afirma.

Para Alonso, do Sinaenco, a questão envolve principalmente o poder público. "Uma questão desse tamanho não é resolvida pelo lado privado, é uma questão do Estado", explica. "Não podemos exigir que uma empresa pequena faça um processo de capacitação", conta. "O mercado privado pode ajudar, trabalhando para identificar as carências. Sabemos que precisamos de gente com capacidade para projetar metrô, temos clareza de que é necessário. As empresas podem fazer sua parte, mas não podem resolver sem ajuda do Estado", finaliza o executivo.

Para atender à futura demanda advinda dos investimentos em infraestrutura na preparação para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o setor da engenharia no Brasil vê um cenário caótico, inclusive de ter de importar profissionais da Europa e da Ásia. A falta de profissionais qualificados no mercado é um entrave, diz a Confederação Nacional da Indústria (CNI): até 2012 haverá 150 mil vagas não preenchidas do setor no Brasil, que em 2008 formou 48 mil profissionais - apenas 5% dos formados em curso superior no Brasil.

domingo, 21 de novembro de 2010

Edifício imita árvore

Prédio com design futurista na cidade de Taichung usa tecnologia de ponta para se tornar uma das maravilhas do mundo


Por Época NEGÓCIOS Online
 
O edifício, que começa a ser construído em Taiwan, foi batizado de “Observatórios Flutuantes”. O prédio de 305 metros de altura está sendo construído na cidade de Taichung, a terceira maior do país, e já ganhou um prestigiado prêmio de arquitetura. O corpo principal do projeto lembra uma árvore com oito observatórios flutuantes, que se movem para cima e para baixo, como folhas nos galhos de uma árvore. Os observatórios serão feitos de material leve, tecidos estruturais inflados, e mantidos em posição por um forte campo eletromagnético, também servindo para transporte, como elevadores, com capacidade para 80 pessoas.
 
"Nosso ponto de partida foi o próprio desenho da ilha de Taiwan, que lembra muito uma folha”, explicou o arquiteto romeno Stefan Dorin ao jornal britânico “Daily Mail”. “A partir daí criamos o conceito de uma árvore tecnológica, com oito folhas que serão elevadores subindo e descendo do tronco. A ideia é que funcionem como plataformas de observação da cidade.”

A torre, porém, não será a mais alta do país, título que pertence ao prédio Taipei 101. Em compensação, a tencologia utilizada será totalmente sustentável, o que fará do edifício uma das maiores atrações do mundo. A construção deve ser concluída em 2012.





 

sábado, 20 de novembro de 2010

Nova Máquina de Ensaios da UESC está quase em funcionamento...

O LEMER - Laboratório de Ensaios Mecânicos e Resistência dos Materiais acaba de receber as peças do maior pórtico de ensaios do Sul da Bahia, e um dos maiores da Bahia. Trata-se da MRU 10.001-2010, Máquina de Ensaios Reacoplável Universal Servo-Controlada. A máquina terá 100 tf de capacidade nominal em tração ou compressão. E servirá para ensaios em blocos, vigas, pilares e outros materiais e sistemas materiais da Construção Civil. A máquina é projeto do LEMER, tendo como responsável o professor Ricardo Alvim, com apoio da FAPESB em projeto para desenvolvimento de novos blocos de alvenaria de cimento leve reforçados com fibras vegetais.

MRU 10.001-2010



CNPq lança Painel Lattes

O CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico lançou o Painel Lattes. Trata-se de uma ferramenta interativa de consulta onde encontram-se dados sobre as pesquisas no Brasil e sua evolução nos últimos anos. A plataforma permite comparar dados evolutivos sobre as pesquisas em diferentes áreas, cruzando informações e comparando entre instituições, públicas e particulares, estados e também nacionalmente.

Em um exemplo, retirado de consulta ao Painel, é possível verificar a quantidade de doutores no Ensino Superior Público no Brasil, comparando com o Estado da Bahia, e algumas de suas instituições públicas, onde foram selecionadas apenas as que possuem cursos de Engenharia Civil.


Em outra curva, comparando a área de Engenharia, verifica-se que a UESC encontra-se em terceiro lugar em número de doutores engenheiros. Com a criação e implantação de mais 4 novas engenharias, em 2011, esse número tende, todavia, a crescer.


No Nordeste, a Bahia aparece, entre as Engenharias, em quinto lugar.


No Brasil, de acordo com o Painel Lattes, são 72.195 doutores no Ensino Superior Público, dos quais 7.385 são engenheiros, um total de 10,22%, o que é muito pouco comparado com outros países desenvolvidos. Na Engenharia, a maioria dos doutores se concentra no Sudeste e no Sul.


E esses doutores estão nas Públicas, uma vez que, na Área de Engenharia, nas Particulares, são apenas 1.221 doutores, onde na Bahia comparecem apenas 27. Dado que mostra que o ensino superior nas instituições particulares baianas, em Engenharia, se distancia das demais no cenário nacional.


Certamente esses dados continuarão a ser analisados por muitos outros pesquisadores. Parabéns ao CNPq!









quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Contratação de estrangeiros para a Engenharia

18/Novembro/2010

Nesta matéria da PiniWeb, verifica-se a grande demanda por profissionais no país. Inicia-se a discussão sobre a validade da entrada de engenheiros estrangeiros no setor da Construção Civil. Veja a matéria na íntegra.

Setor já discute contratação de engenheiros estrangeiros para suprir a falta de profissionais na construção

Totalidade de engenheiros não suprirá a demanda nos próximos anos, apesar do crescimento do número de profissionais


Por Mauricio Lima
 
Com a escassez de engenheiros no Brasil, especulações de contratação de profissionais estrangeiros se tornam cada vez mais comuns. A última vez aconteceu durante a assinatura de um protocolo de intenções para a viabilização de negócios internacionais envolvendo empresários cearenses e investidores estrangeiros no Estado. Durante o evento, realizado pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) e a Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE), os presidentes das duas entidades levantaram essa questão. Embora não conste no documento, o presidente da Coopercon-CE, Otacílio Valente, e o presidente da CBP-CE, Jorge Chaskelmann, lembraram a ociosidade dos engenheiros em Portugal com os problemas econômicos daquele país e a escassez de mão de obra no Brasil. Trazê-los para o País não seria má idéia. Os dois presidentes não foram encontrados pela reportagem para dar mais detalhes sobre o tema. 
No entanto, a secretária executiva da Câmara, Clevânia Maria Alves Teixeira, afirmou que o acordo é comercial, e a "importação" de engenheiros, embora levantada pelos presidentes, não faz parte do acordo.A contratação de profissionais, no entanto, não é a melhor saída para a resolução do problema, na opinião de dirigentes setoriais. Segundo o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Haruo Ishikawa, "a escassez de mão de obra no setor é muito grande, e vai desde o servente até o engenheiro civil". De acordo com Ishikawa, o setor não estava preparado para o crescimento, por isso não tem profissionais suficientes. Ele acredita, no entanto, que "a partir de 2012 esse cenário deve se normalizar, com novos engenheiros civis saindo das faculdades". Para Agamenon Rodrigues Oliveira, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro (Senge-RJ), existe um grande número de engenheiros formados que não trabalham mais na área e que supririam a demanda se fossem realocados no setor. "Tem muito engenheiro trabalhando fora da área. 
É preciso que esses profissionais voltem ao setor e passem por uma atualização. Assim, é possível evitar a importação de profissionais", afirma. No entanto, mesmo o aumento de novas vagas nas universidades e o retorno de profissionais não atuantes na área não supririam a carência de profissionais. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a totalidade de engenheiros de todas as áreas, inclusive a civil, não suprirá a demanda de emprego em 2015. Pelas projeções do Ipea, em 2015 o Brasil terá 1,099 milhão de diplomados na categoria. A oferta de empregos, por sua vez, varia conforme o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Mesmo com uma taxa média de crescimento baixa, de 3% ao ano, a demanda de empregos na área deverá ser de 1,168 milhão maior que a oferta. Em um cenário mais otimista, de crescimento de 7% ao ano, a demanda seria muito maior: 1,706 milhão.  
Vistos de trabalho
O número de profissionais estrangeiros no país vem crescendo ano a ano, de acordo com a Coordenação Geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego (CGIg-MTE). Dados do primeiro semestre de 2010 apontam alta em relação aos primeiros semestres de 2009 e 2008. Até 30 de julho deste ano, foram concedidos 22.188 vistos de trabalho para estrangeiros, enquanto nos primeiros seis meses de 2009 e 2008 foram aprovados, respectivamente, 18.669 e 18.258 vistos. O MTE não divulgou dados sobre a quantidade de engenheiros que entraram no país, viabilizando somente dados divididos por categoria de visto.
As regras para o trabalho no Brasil, no entanto, podem dificultar o ingresso de estrangeiros no setor da construção. Segundo a assessora internacional do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Carmen Cavalcanti Soares, o profissional estrangeiro, para trabalhar no Brasil, deve buscar junto ao MTE uma autorização de trabalho para obtenção de visto permanente ou temporário por meio da CGIg. O MTE poderá indeferir o pedido de visto temporário, caso houver indício de interesse da empresa para a qual o estrangeiro trabalhará de substituição da mão de obra nacional por profissionais estrangeiros. Por isso há a necessidade de que a empresa contratante tenha um assistente brasileiro, para que haja a real transferência dos processos de tecnologia e absorção das inovações para o país.  
Após a obtenção da autorização junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), esta será publicada no Diário Oficial da União, e o consulado designado será notificado, quando então o candidato estrangeiro poderá requerer a concessão do visto. Após isso, o profissional deve solicitar ao Confea seu registro temporário de trabalho, delimitado pelo tempo de contrato do engenheiro com a empresa. Caso o profissional obtenha visto permanente do MTE, o registro será definitivo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

FTOOL - Uma ferramenta pública para o ensino de Engenharia

O FTOOL, idealizado pelo professor Luiz Fernando Martha, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), é um programa de domínio público destinado ao cálculo estrutural de pórticos planos, treliças, vigas, entre inúmeras outras estruturas da Engenharia Civil.

O FTOOL é um programa que se destina ao ensino do comportamento estrutural de estruturas, ocupando um espaço pouco explorado por programas educativos, que se preocupam mais com o ensino das técnicas numéricas de análise, ou por versões educacionais de programas comerciais, mais preocupados em introduzir os estudantes às suas interfaces.

Segundo seu idealizador, "seu objetivo básico é motivar o aluno para aprender o comportamento estrutural. A experiência de ensino nesta área tem mostrado que o processo de aprendizado dos métodos de análise estrutural não é eficiente sem o conhecimento sobre o comportamento estrutural. É muito difícil motivar o aluno padrão a aprender a teoria dos métodos de análise sem entender como o modelo sendo analisado se comporta na prática. O processo de aprendizado dos métodos de análise melhoraria bastante se o estudante pudesse aprender sobre o comportamento estrutural simultâneamente."

Na UESC, o programa vem sendo utilizado nas disciplinas de Mecânica - Estática e Resistência dos Materiais, permitindo um grande número de aplicações práticas. Trata-se realmente de uma ferramenta incrível que tem sido usada em todo país, em disciplinas voltadas para cálculo de estruturas, nos cursos de Engenharia Civil.

Continuamos a incentivar o seu uso na UESC, esperando que novas versões possam ser trazidas a público, talvez incorporando o cálculo dinâmico das estruturas.


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Leonardo da Vinci e os primeiros estudos sobre vigas e pilares

Durante a Renascença, houve um grande interesse pelas ciências, e alguns artístas se voltaram ao campo da arquitetura e engenharia. Leonardo da Vinci (1452 – 1519) foi o mais destacado homem do período renascentista, sendo não apenas um líder entre os artistas de sua época, mas um grande cientista e engenheiro. Não escreveu livros, mas dezenas de anotações que explicam seus descobrimentos. Leonardo da Vinci se interessou fortemente pela Mecânica e em uma das suas anotações ele afirma: “A Mecânica é o paraíso da ciência matemática porque nela é possível colher seus frutos.”
Da Vinci usava o princípio dos momentos para chegar a solução correta de problemas de elementos de forças e sistemas de forças. Ele também aplicou princípios de deslocamentos virtuais para estudar sistemas de cabos e polias, usados no içamento de cargas. Em seus estudos fica claro o conhecimento sobre sistemas de arcos. Da Vinci estudou a Resistência dos Materiais experimentalmente. Em suas anotações: “Testando a resistência de tirantes de aço de diferentes comprimentos” ele apresenta um aparato para estudo de arames esticados.
Ele também estudou a resistência de vigas e postulou um princípio geral onde afirma: “Em cada elemento que é apoiado, mas que é livre para se dobrar, e é de material e seção transversal uniformes, a parte que é mais distante dos apoios é a que vai mais se dobrar.”
Então propôs uma série de testes em vigas, começando com vigas que pudessem carregar um peso definido quando apoiadas em suas extremidades. E tomando sucessivos aumentos dos comprimentos das vigas, com mesma largura e altura, anotar-se-ia o quanto de carga cada viga poderia suportar. Sua conclusão foi de que a resistência de uma viga, apoiada em suas extremidades, varia inversamente com o seu comprimento e diretamente com a sua largura. Ele também estudou vigas em balanço, afirmando: “Se uma viga com 2 braccia (uma antiga medida italiana de medidas, equivalente a 26 polegadas, ou quase um braço, da ponta dos dedos ao cotovelo) de comprimento suportar 100 libras, então uma viga com 1 braccia de comprimento irá suportar 200.” Afirmou também: “Quantas vezes o comprimento for diminuído, mais peso será possível aplicar do que na viga mais longa.” No caso das relações com a altura das vigas e sua resistência não há anotações conclusivas de da Vinci.
Aparentemente, Leonardo da Vinci também estudou colunas, tendo afirmado que a resistência varia inversamente com o comprimento, mas diretamente com uma certa razão que envolve a seção transversal da peça.
Considerando os princípios mais modernos da Resistência dos Materiais, tais afirmações, longe de serem generalizadas, são bastante consistentes e válidas sob certas condições. Essas contribuições de da Vinci para a Resistência dos Materiais são as primeiras tentativas registradas de aplicar os princípios da Estática para determinar as forças aplicadas a estruturas e também os primeiros experimentos para determinar a resistência de materiais estruturais.


Para saber mais: Timoshenko, The History of Strength of Materials

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vitrúvio e seu Legado para a Aquitetura e a Engenharia

Marcus Vitruvius Pollio foi um arquiteto e engenheiro romano, que viveu no século I a.C., no período do Imperador Augusto. Vitrúvio deixou como legado uma obra em 10 volumes, aos quais deu o nome de De Architectura (aprox. 40 a.C.). Essa obra se constitui no único tratado europeu do período grego-romano que chegou aos dias atuais, sendo inspiração aos elementos arquitetônicos e estéticos das construções.
Vitrúvio inicia sua obra abordando a formação e a educação do arquiteto. Vitrúvio via no arquiteto uma pessoa que detém conhecimentos sobre as mais diversas ciências e artes, consideradas na época como “verdadeiras”, plausíveis. Geometria, História, Matemática, Música, Medicina, e até mesmo a Astronomia, deveriam ser conhecidas pelo arquiteto, que, ao contrário de outros profissionais, não deveria se especializar em um único tema, mas abranger diferentes áreas do conhecimento humano. Na verdade, o caráter geral da formação do arquiteto, fundamentada por Vitrúvio, decorre do contexto no qual surgiu essa profissão, e também a figura que hoje entendemos como engenheiro. De modo sucinto, a palavra arquiteto vem do grego arkhitektôn que significa "o construtor principal" (arqui = principal / tectônica = construção) ou "mestre de obras". Na comparação com a profissão de engenheiro, o arquiteto, desde sua origem esteve envolvido com as "Belas Artes" mais profundamente. Por sua vez, a palavra engenheiro decorre da palavra latina ingenium, derivada da raiz do verbo gignere, que significa gerar, produzir, isto é, o engenheiro é o  encarregado da produção
O trabalho no campo das Artes baseia-se na busca da produção perfeita das coisas, ou seja, a padrões estéticos aceitos pelo homem como adequados e que envolvem a simetria, a proporção e o ajuste das dimensões e formas aos modelos pretendidos e esperados. E que tem como base a inspiração encontrada na natureza, que confere soluções singulares para função e forma dos seres vivos. 
Nesse sentido, a influência de Vitrúvio se fez presente em grandes artistas da Renascença. A busca pela forma perfeita das coisas está fortemente presente no trabalho do renascentista Leonardo da Vinci, em especial no seu trabalho O Homem Vitruviano. O homem vitruviano (ou homem de Vitrúvio) é um conceito apresentado por Vitrúvio no livro De Architectura. Tal conceito é considerado um cânone das proporções do corpo humano, segundo um determinado raciocínio matemático e baseando-se, em parte, na divina proporção. O homem descrito por Vitrúvio apresenta-se como um modelo ideal para o ser humano, cujas proporções são perfeitas, segundo o ideal clássico de beleza. A proporção áurea ou divina proporção (ou número de ouro, número áureo, ou ainda proporção dourada) é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega φ (phi) e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618.

A divina proporção, ou proporção áurea, é uma razão que há muito é empregada na Arte, sendo frequentemente utilizada em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto e nos trabalhos de da Vinci. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi, ou simplesmente π), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção em conchas, como o nautilus, por exemplo.

 
Nautilus

 
 
Nos seres humanos, o tamanho das falanges, ossos dos dedos, e a distância entre as falanges, por exemplo, seguem essa proporção.
Dessa forma, encontra-se uma solução esteticamente aceita devido a proporcionalidade das dimensões e simetrias, ou assimetrias constantes, repetidas. O processo de repetição, proporcional das dimensões guarda singular aceitação na natureza. Seu uso, a partir das Artes, transposto à Arquitetura e Engenharia,  permitiu encontrar soluções não apenas satisfatórias do ponto de vista estrutural, mas únicas, elegantes  e esteticamente aceitáveis.



O Pártenon, Grécia
Essa incrível busca pela elegância e beleza é antiga e promove uma influência decisiva nas estruturas construídas atualmente. A proporção real, Vitruviana, está presente, muito antes do próprio Vitrúvio em si, na história da humanidade. De fato, a razão áurea está presente, por exemplo, na fachada do Pártenon, na Grécia, que segue quase perfeitamente essa razão entre largura e altura. Também o quociente entre a altura da face lateral e da metade da aresta da base da pirâmide de Gizeh, no Egito, é exatamente igual à razão áurea.
Nos dias atuais, as estruturas com formas inspiradas na natureza, e com curvas ´"máginas são cada vez mais comuns, mesmo que para isso o custo estrutural seja muito maior. Se não por razões estéticas, muitas estruturas construídas hoje não encontrariam explicações.
The Sydney Opera House


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

VIGAS COMPOSTAS HÍBRIDAS

Por ACI/CI Magazine

As Vigas Compostas Híbridas (VCH), ou HCB - Hybrid Composite Beams, chegam como uma nova tecnologia para construção civil, que vem ganhando espaço nas soluções de vigas em pontes ferroviárias nos EUA. As vigas são compostas por um núcleo composto por elementos comprimidos de concreto, moldados por uma fôrma de materiais poliméricos, que isolam o arco comprimido, atirantado por armaduras, ou outros materiais tracionados, que encontram-se na zona tracionada da peça. O espaço vazio é ocupado por materiais leves e inertes, como espuma. O concreto é bobeado para o interior da fôrma, tomando a forma de um arco. 

O modelo ilustrado foi desenvolvido por John R. Hillman, Fundador e Presidente da HC Bridge Company, tendo ganhado o 45th annual Award of Excellence por essas contribuições. Suas vigas foram incorporadas em uma séria de projetos pilotos de pontes ferroviárias nos EUA.


CARACTERÍSTICAS DAS VIGAS COMPOSTAS HÍBRIDAS

As HCB são compostas por três sub-componentes: um casca de FRP – Fiber-reinforced Polymer, polímero reforçado com fibras, um elemento comprimido em arco e tirantes. O elemento comprimido consiste em um arco de concreto alto-adensável que bombeado dentro de uma fôrma, ou conduto, dentro da casca da viga. O reforço à tração consiste em tirantes em aço de alta resistência, pré-tensionados, que são instalados na zona tracionada inferior da viga. Todos esses tirantes são encapsulados na casca de FRP, o que protege o aço dos processos de corrosão, e permite que a peça tenha uma capacidade adicional de carga.

As cascas das vigas são fabricadas usando um método onde a fôrma, em resina, é lacrada à vácuo. No processo, um tecido de fibra de vidro, o reforço de aço, e uma espuma de baixa densidade, que serve de núcleo inerte, são colocados dentro de uma fôrma metálica reutilizável de baixo custo. O molde é então selado, à vácuo, sob uma atmosfera de pressão, e a resina de Vinyl Ester, ou Epóxi, é bombeada dentro do molde para amolecer e consolidar a fibra de vidro, com a transformação do conjunto composto pela espuma, tirantes, e as resinas em uma unidade monolítica.  O processo inteiro de fabricação das vigas dura no máximo 5 horas para a infusão.
   
Entre as principais vantagens do uso das vigas está a diminuição do uso de materiais como concreto, e o próprio aço, utilizados de forma racional nos locais onde são efetivamente necessários. A busca da forma ideal do arco irá depender das solicitações de projeto. Todavia, é possível empregar os métodos de cálculo usuais para as estruturas de concreto armado, onde a base do arco corresponde ao limite da zona comprimida de concreto.

A UESC, em parceria com a UFPA, está estudando o problema e desenvolve os primeiras análises para criação de uma protótipo do sistema de menor custo, com vistas em aplicações de pontes ferroviárias e rodoviárias. No momento atual, os estudos teóricos sobre os arranjos mais eficientes estão em curso.


Para saber mais: ACI Intenational e http://hcbridge.net/.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

História da Resistência dos Materiais


Os Romanos
Os Romanos foram grandes construtores. Não apenas pelos monumentos e templos, mas também pela construção de estradas, aquedutos, pontes e fortificações. Foram inventores de materiais, estruturas e máquinas, dando origem a muitos termos até hoje usados na engenharia. A origem da palavra cálculo, por exemplo, vem do romano "calculi”, que era uma palavra que os Romanos utilizavam para designar “pedrinha”. Para isso usavam uma máquina,  uma espécie de calculadora que servia para contar os passos de um soldado romano. A cada mil passos, ou milha, a engenhoca, chamada dioptra, despejava em um reservatório uma pequena pedra, ou “calculi”. A dioptra era feita com engrenagens reversas sobre rodas, empurrada por um soldado, sendo talvez um dos primeiros instrumentos de medida de distância mecânicos. O uso da palavra "calculi" não apenas se estendeu ao cálculo propriamente, ato de calcular, mas também as pedras encontradas nos rins, ou cálculo renal.
As construções Romanas são, além de impressionantes nas dimensões, bastante avançadas para a época. Um exemplo dessas dimensões é o Coliseu Romano.
O Coliseu Romano
O Coliseu de Roma era uma arena pública para eventos que reunia a plebe romana e também todo resto da sociedade. Sua contrução foi baseada no princípio pelo qual se transfere as forças, ou carregamentos da construção, por meio de arcos. Os Romanos levaram tal método ao limite, tendo usado para isso o materiais precursores do que hoje conhecemos como concreto reforçado, a partir de uma mistura de lama de cinzas vulcânicas, areia e água, reforçadas por barras metálicas. O Coliseu foi um exemplo típico do suporte de cargas por arcos, e o que restou da sua estrutura ainda pode ser visto na cidade de Roma-Itália.



Os Aquedutos Romanos


Os Aquedutos Romanos eram um conjunto de estruturas construídas por várias partes do Império, em vias de passagem, ou próximas a essas, formando as chamadas "vias aquas". A soma das extensões dos Aquedutos na cidade de Roma era de mais de 400 km, contudo apenas 50 km eram elevados. A maior parte era subterrânea, o que melhorava a qualidade da água ao protegê-la. As arcadas, série arcos dos Aquedutos, construídos em diferentes níveis, serviam para suporte e elevação da água, permitindo transpor grandes distâncias com grande precisão. Por exemplo, tinham gradientes de apenas 34 cm para cada quilômetro construído, baixando apenas 17 cm verticalmente para cada 50 km de comprimento.


Aqueduto de Segovia


O que se sabe sobre as contruções romanas se deve em parte aos registros do arquiteto e engenheiro romano Marcus Vitruvius Pollio. Mas devido a sua importância e influência deixaremos isso para uma próxima postagem.

HISTÓRIA DA RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

A busca pelo conhecimento da resistência da matéria e, sobretudo, o domínio sobre a construção das mais variadas estruturas levou o homem a estudar o que hoje conhecemos como Resistência dos Materiais.
O professor Péricles Brasiliense Fusco costuma definir:
“A resistência é a aptidão da matéria em suportar tensões.”
É com essa definição sintética, mas muito potente, que iniciaremos uma busca pela História da Resistência dos Materiais. Não poderiam ficar de fora os grandes mestres do passado. Por onde começaremos lentamente a apresentar como se formou essa importante matéria dos cursos de engenharia.
EGÍPCIOS, GREGOS E PRIMEIROS PASSOS
Não há dúvida que a participação dos egípcios teve grande importância no domínio das construções no passado.  A partir de regras empíricas foram erigidas pirâmides, monumentos, templos e obeliscos, muitos ainda de pé até os dias de hoje.



Os gregos, em seguida, avançaram na arte das construções. Eles desenvolveram a Estática, base da Resistência dos Materiais.

Arquimedes (287 – 212 a.C.)
Arquimedes fez descobertas importantes em Geometria, Matemática e Física, tendo criado um método para calcular o número π (razão entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro) utilizando séries. Este resultado constitui o primeiro caso conhecido do cálculo da soma de uma série infinita. Na Física, ele contribuiu para a fundação da Estática e da Hidrostática, tendo feito, entre outras descobertas, o famoso Princípio de Arquimedes. Ele descobriu ainda o princípio da alavanca e a ele é atribuída a citação: "Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo".  Essa citação serve de ilustração até hoje sobre os princípios de momentos de uma força nas aulas de Mecânica. Arquimedes deu ainda grandes contribuições para as definições das condições de equilíbrio dos corpos, nos estudos da Estática, além de métodos simplificados para determinação do centro de gravidade de corpos.  Um dos princípios fundamentais da Hidrostática é assim enunciado: "Todo corpo mergulhado total ou parcialmente em um fluido sofre uma impulsão vertical, dirigido de baixo para cima, igual ao peso do volume do fluido deslocado, e aplicado no centro de impulsão". O centro da impulsão é o centro de gravidade do volume que corresponde à porção submersa do corpo. Isto quer dizer que, para o objeto flutuar, o peso da água deslocada pelo objeto tem de ser maior que o próprio peso do objeto. Princípio referenciado na compreensão das construções navais.
Para saber mais: Wikipedia
Continuaremos depois...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Grandes Obras de Engenharia Civil no Brasil

Recentemente, publicamos neste blog uma coleção das principais pontes estaiadas construídas no Brasil nos últimos anos. Com a Copa do Mundo de Futebol de 2014 no Brasil, outras grandes estruturas devem ser construídas, o mesmo vale para as Olimpíadas de 2016. Nas próximas edições iremos apresentar algumas das obras que estão sendo planejadas para os próximos anos no Brasil. Mas antes, vamos lembrar alguns de nossos marcos históricos. Não poderíamos deixar de revisitar o passado quando o assunto se volta para as grandes obras da engenharia brasileira, e dar destaque inicial as obras da Ponte Rio-Niterói e da Barragem de Itaipu. 

Complexo Hidroelétrico de Itaipu

O Complexo Hidroeléctrico de Itaipu, que está localizado no Rio Paraná, continua como uma das maiores barragens do mundo. Tem uma potência geradora de cerca de 14 mil MW, fornecendo parte da energia elétrica consumida em quase todo o Sudeste do Brasil e também atendendo ao Paraguai, país parceiro na construção.


Na obra foram usados cerca de 13 milhões de metros cúbicos de concreto e aproximadamente 40 mil operários participaram da obra. Uma curiosidade sobre a concretagem dos enormes blocos de concreto de Itaipu foi o uso de gelo misturado ao concreto, para evitar o superaquecimento, provocado pelo calor de hidratação.











Detalhe das armaduras na Barragem de Itaipu


A Ponte Rio-Niterói

Localizada na baía Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, a ponte Rio-Niterói liga essas duas cidades. É uma das maiores pontes rodoviárias do mundo, medindo cerca de 14 km. A sua construção foi concluída no ano de 1974, sendo tendo sendo sua estrutura em concreto armado e protendido, tendo algumas das estruturas centrais do caixão da ponte também metálicas.

Recentemente, a ponte passou por intervenções de modo a corrigir problemas dinâmicos verificados. Na ocasião foram instalados sistemas de amortecimento de vibração passivos, baseados em um conjunto de massas móveis, calculadas para dissipar energia e diminuir as amplitudes de deslocamento que estavam sendo experimentadas na ponte.
Vista dos vãos da ponte Rio-Niterói


Ceplac realiza avaliação das pesquisas do Cepec

Crédito: ASCOM

Um Seminário Técnico reunindo pesquisadores da Ceplac da Bahia e Espírito Santo encerrou, na sexta-feira, 29, a avaliação de 117 projetos de pesquisa novos ou em andamento no âmbito do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec) nos dois estados. As pesquisas dão ênfase às áreas de genética, fitopatologia, tecnologia dos produtos, nutrição de plantas, entomologia, fitotecnia e economia.

O evento foi iniciado na segunda-feira com grupos temáticos que avaliaram dois programas: Desenvolvimento das Regiões Produtoras de Cacau, com ações para geração de tecnologia para o cacau, seringueira e dendê e outros produtos da diversificação. Todos os projetos em andamento e novos foram inseridos no sistema do Cepec (SisCepec) composto por dez cadeias produtivas: cacau, seringueira, pupunha, juçara e açaí, caju, cupuaçu e mamão, mandioca, café, bovinocultura, pequenos animais, dendê, pupunha e açaí.

O coordenador da área de planejamento da pesquisa Antônio César Zugaib explicou que os projetos foram apreciados quanto à sua prioridade em relação às demandas dos produtores e ao mérito metodológico e técnico-científico. O passo seguinte será a realização de encontro técnico entre pesquisadores e produtores rurais para divulgar os resultados alcançados e ouvir contribuições dos produtores para o contínuo aperfeiçoamento da pesquisa.

Os trabalhos do Seminário Técnico foram coordenados pela pesquisadora Stela Dalva Vieira Midlej e Silva, Chefe do Serviço de Pesquisa e coordenadora das pesquisas, que se mostrou satisfeita com a produtividade alcançada pelo Cepec no presente exercício. Os resultados serão posteriormente divulgados no informe de pesquisa que será publicado no início do próximo ano.

De acordo com o Diretor Técnico-Científico da Ceplac, Manfred Müller, a Superintendência da Bahia vai coordenar as pesquisas de cacau em todo o país sem subordinação, para que haja maior integração, melhor aproveitamento dos recursos e maior alcance de resultados. As palestras do Seminário Técnico foram realizadas no Centro de Treinamento da Ceplac, na rodovia Ilhéus – Itabuna, abordando os temas “Uso de Espécies Silvestres no Melhoramento Genético do Cacaueiro”, por Ronaldo Carvalho Santos (Cepec/Segen) e “Prevenção da Monilíase do Cacaueiro”, por Givaldo Niella (Cepec/Sefit). 

Ponte sobre o Rio Araguaia é inaugurada na Transamazônica

DNIT

Foi inaugurada, no dia 25 de Outubro, a ponte sobre o Rio Araguaia, em Araguatins/TO. A ponte ligará o município ao porto Jarbas Passarinho, na rodovia BR-230, também conhecida como Transamazônica. Com investimentos de R$ 71 milhões, o empreendimento, executado sob a responsabilidade do DNIT, conta com 900 metros de extensão de pista.

A inauguração da ponte sobre o rio Araguaia resgata o sonho da integração, facilitando a ligação entre os estados do Pará e Tocantins pela BR-230, que antes era feito apenas por meio de balsas. Além disso, também possibilitará o escoamento da produção de grãos e minerais e o deslocamento de pessoas e veículos.

Profissão Promissora

A procura para o Vestibular 2011 da UESC para o recém criado Curso de Engenharia Civil, de 28 para 1, não foi surpresa para aqueles professores que acreditaram nesse projeto.  O curso se tornou, destarte, e logo no primeiro ano, o segundo curso mais procurado da instituição, superando cursos tradicionais como Direito e Administração.

A matéria publicada na revista “Isto É”, edição nº 2002, de 2008, “Engenharia Civil  é uma das áreas mais promissoras do momento" ainda é atual, quando se verificava que a procura pelos novos profissionais já se fazia dentro das faculdades. 

Esse cenário não mudou. E, cada vez mais, novas iniciativas, na esfera pública, têm sido voltadas a criação de novos cursos e tentar diminuir a enorme demanda por esses profissionais no mercado.

E este número tende a crescer. Segundo cálculo do Diretor da Poli (USP), José Roberto Cardoso, cada US$ 1 milhão investido pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) implica a criação de uma vaga de engenheiro. Se o governo federal repassar os R$ 500 bilhões (cerca de US$ 294 bilhões) por meio do programa por ano, até o fim de 2011, como foi prometido, em quatro anos serão necessários mais 294 mil novos profissionais.

O Brasil forma, hoje, 26 mil engenheiros por ano. Aproximadamente 30% são civis. É pouco se pensarmos que a Coréia do Sul e o Japão formam 80 mil cada um e a Índia, 150 mil todo ano. “Precisávamos formar pelo menos três vezes mais” diz Cardoso. Segundo Cardoso, da Poli, o crescimento da construção civil no País deve muito a países asiáticos, como a China, que se tornaram fortes importadores de ferro, cimento e vergalhão.

No mercado interno, o professor do curso de Engenharia Civil da USP, Mário Senatore, aposta nas grandes obras do PAC. Para tanto, porém, é preciso de mais mão-de-obra capacitada. “O Brasil tem 2,48 engenheiros por mil habitantes, número muito inferior ao dos países desenvolvidos.”

Localmente, na região cacaueira, novos projetos, como o Complexo Porto Sul, são apostas de que, brevemente, a demanda por profissionais de todas as engenharias será ainda maior. O que torna a criação das novas engenharias da UESC ainda mais importante.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Redução das nomenclaturas dos cursos de engenharia

Atentos aos processos de discussão dos novos referenciais curriculares nacionais, a ABECE traz o tema na próxima seção Plenária, que ocorrerá no dia 29 de outubro. Verifica-se pela proposta de redução das nomenclaturas, uma oportunidade para a sociedade e, sobretudo, a comunidade técnica discutir a questão. Confira.

Confea discute redução das diferentes nomenclaturas dos cursos de engenharia
Brasília, 25 de outubro de 2010.


Por Mariana Silva



Os referenciais curriculares nacionais dos cursos de bacharelado e licenciatura relacionados ao Sistema Confea/Crea desenvolvidos pela Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC/SESu) serão um dos temas de destaque da Plenária nº 1.374, que acontece de 27 a 29 de outubro na sede do Conselho Federal, em Brasília. O assunto será apresentado pelo presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Mario Neto Borges; e pelo vice-presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), Nival Nunes de Almeida. A intervenção será feita na manhã do dia 29 de outubro, das 11h às 12h, e transmitida ao vivo pelo site do Confea.

Na última sessão plenária, no dia 29 de setembro, o Plenário tomou a Decisão PL-1.289/10, que apoia a implantação desses referenciais curriculares pelo MEC. “Isso refletirá positivamente no esforço deste Federal para racionalizar os títulos profissionais concedidos aos egressos dos cursos de graduação nas áreas fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea”, lê-se na ementa da Decisão. Um dos pontos essenciais diz respeito a reduzir para 28 o número de denominações de cursos de engenharia e arquitetura, que hoje somam 93.

A engenharia será a primeira área do de conhecimento avaliada pelo programa de referenciais curriculares nacionais, que determinará as linhas gerais de cada curso superior oferecido no Brasil, ajustando suas denominações. Pela proposta do MEC, os 28 cursos seriam:

Agronomia,
Arquitetura e Urbanismo,
Engenharia Aeronáutica,
Engenharia Agrícola,
Engenharia Ambiental e Sanitária,
Engenharia Cartográfica e Agrimensura,
Engenharia Civil,
Engenharia de Alimentos,
Engenharia de Bioprocessos,
Engenharia de Computação,
Engenharia de Controle e Automação,
Engenharia de Fortificação e Construção,
Engenharia de Materiais,
Engenharia de Minas,
Engenharia de Pesca,
Engenharia de Petróleo,
Engenharia de Produção,
Engenharia de Telecomunicações,
Engenharia Elétrica,
Engenharia Eletrônica,
Engenharia Florestal,
Engenharia Mecânica,
Engenharia Mecânica e de Armamento,
Engenharia Mecânica e de Veículos Militares,
Engenharia Metalúrgica,
Engenharia Naval,
Engenharia Química e
Engenharia Têxtil.

Outra intervenção de destaque será a do coordenador da plataforma dos movimentos sociais pela reforma do sistema político brasileiro, José Antônio Moroni. O Movimento tem como principal objetivo discutir o poder, quem o exerce e em nome de quem o faz. Outras questões, como os mecanismos para exercer o poder e para controlá-lo e formas de tornar os espaços de decisões políticas permeáveis aos interesses populares também fazem parte de seu escopo. Mais informações podem ser obtidas por meio do site do Movimento, http://www.reformapolitica.org.br/.