quinta-feira, 31 de março de 2011

Com Vila Olímpica adiantada, Londres mostra avanços nas obras

Por: Terra
Publicado em 31 de Março de 2011

Com gramado colocado nesta semana, o Estádio Olímpico foi fotografado de um helicóptero nesta quinta-feira.


Um dos complexos é o Parque Aquático, que segue em obras na capital inglesa;


A região da Vila Olímpica, próxima as principais arenas esportivas, será cercada de parques e outros locais abertos.

Contribuição à análise da resistência do concreto em estruturas existentes




Contribuição à análise da resistência do concreto em estruturas existentes. Edificações.
TRANSMISSÃO AO VIVO
  • Prof. Paulo Helene Palestrante
  • 31/03/2011 Data
  • 20h30Início
  • 22h00Término
  • Instituto de Engenharia - Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 – V. Mariana – SPLocal
Programação:
A Palestra será divida em duas partes, sendo a primeira no dia 24/03/2011 e a segunda no dia 31/03/2011.

Abordagem:

Parte I
1. Introdução
2. Revisão da normatização internacional
3. Teses de doutorado sobre o tema
4. Controle da resistência do concreto
5. Produção do concreto em central

Parte II
1. Execução de estruturas
2. Extração de testemunhos
3. Aspectos da tecnologia do concreto
4. Considerações sobre a Idade
5. Proposta de procedimento
obs.: será disponibilizado texto completo sobre o tema com referências bibliográficas.

Após as reuniões ocorrerá a tradicional pizza do grupo.

Este evento conta com o apoio institucional de:

 







Realização Departamento de Engenharia do Habitat e Infraestrutura - Divisão de Estruturas
Expositor:

Prof. Paulo Helene (www.concretophd.com.br)

Professor Titular da Universidade de São Paulo. Engenheiro civil pela POLI/72. Especialista em “Patología de las Construcciones” pelo Instituto Eduardo Torroja em Madrid, Espanha. Doutor em Engenharia com Pós Doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley. Ex-presidente e atual conselheiro permanente do IBRACON. Coordenador internacional da “Red Rehabilitar CYTED”. Membro da fib(CEB-FIB) Model Code for Service Life Design. Diretor da PhD Engenharia. Presidente da ALCONPAT. Autor de vários trabalhos e artigos técno-científicos e autor de livros. Orientador de 27 teses de doutorado e 42 de mestrado. Projetista de reforços em estruturas de concreto. Tecnologista de concreto para obras especiais.
 


quarta-feira, 30 de março de 2011

Evento reune setor de pré-fabricados

Governo quer novos fundos para inovação

Fonte: Folha de São Paulo

Objetivo do governo é arrecadar R$ 1 bilhão; já há 16 fundos, hoje os maiores financiadores de pesquisa no País. O governo quer implementar ainda neste ano mais quatro fundos, com verba total na casa do R$ 1 bilhão, para impulsionar a inovação tecnológica no País. Para isso, terá de mexer na tributação de algumas empresas.

Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), os fundos contemplarão os setores automobilístico, financeiro, de construção e de mineração. Eles se somarão aos 16 fundos setoriais já existentes, hoje os maiores financiadores de pesquisa e desenvolvimento do País, com R$ 2,7 bilhões em 2011. E poderão ajudar o MCT a recompor em parte o orçamento deste ano, que teve R$ 610 milhões retidos.

Criados no fim do governo FHC, os fundos setoriais colocaram a pesquisa e a inovação no Brasil em novo patamar de investimento. Seus recursos vêm de diversas fontes, desde Cides (Contribuições de Intervenção sobre Domínio Econômico) - taxas aplicadas pelo governo para investimentos em determinado setor - até parcelas de royalties ou de receita de empresas que recebem incentivos fiscais da União.

As empresas de transmissão e distribuição de energia, por exemplo, contribuem com 0,3% a 0,4% do seu faturamento para um fundo. As de petróleo pagam o equivalente a 25% da parcela da União nos royalties. Eles partem do princípio de que o dinheiro, se deixado na mão das empresas, nem sempre é investido em pesquisa e desenvolvimento. Com os fundos setoriais, as empresas são estimuladas a fazer pesquisa. Outra parcela é usada para financiar ciência em universidades.

Vai e volta - O dinheiro pago aos fundos acaba voltando para as empresas. Um dos editais do fundo setorial do petróleo bancou o desenvolvimento de empresas que produzem equipamentos para o setor. "Não há reclamação das empresas. E elas entendem que têm retorno importante para o processo delas", disse o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luís Antônio Elias.

Segundo Mercadante, um dos novos fundos em estudo, o da construção, foi solicitação do próprio setor ao MCT. Os outros são "prerrogativa de governo", diz Elias.

Os fundos poderão ser usados para desenvolver softwares, no caso do sistema financeiro, e para pesquisas em novos materiais e construção "verde". Ou, até mesmo, no caso da indústria automobilística, para a criação de uma marca nacional. A Anfavea (associação das montadoras) disse que a inovação é uma de suas "bandeiras", mas não comentou a proposta do governo.

O pesquisador Luiz Eugênio Mello, diretor do Instituto Tecnológico Vale, diz que a criação de fundos setoriais pode ser positiva.

LEMER/UESC integra a Rede de Extensão Tecnológica da Bahia


Em março de 2011, foram discutidos os termos de colaboração entre os parceiros que integram a Rede de Extensão Tecnológica da Bahia, coordenada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA). O projeto atende a Chamada Pública MCT/FINEP n. 03/2008 (Ação Transversal - Redes de Extensão Tecnológica - Sibratec), com contrapartidas totais alocadas da ordem de R$ 1.76 milhões. A Rede visa realizar atendimentos móveis junto aos setores produtivos, permitindo adequação de produtos para exportação, otimização dos processos produtivos e dos produtos em si, além de realizar treinamentos para melhoria do atendimento das demandas desses diferentes arranjos produtivos. Integram a Rede na Bahia a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado (SECTI), a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Estado (SICM), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/BA), a Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento do Estado da Bahia (FAPESB) e as seguintes instituições intervenientes executoras: o Instituto Nacional de Tecnologia - Coordenação Geral Regional Nordeste (INT-NE), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CEPED-BA) e a Universidade Estadual de Santa Cruz - LEMER - Laboratório de Ensaios Mecânicos e Resistência dos Materiais, sob a coordenação do Prof. Dr. Ricardo de Carvalho Alvim.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Hotel em forma de raquete de pingue-pongue...

Fonte: Época


A cidade chinesa de Huainan, na província de Anhui, planeja construir um hotel em forma de raquete de tênis de mesa, esporte nacional no qual os chineses são quase imbatíveis, informou nesta quinta-feira (24/02) o oficial "Diário do Povo".

O hotel-raquete, que terá 150 metros de altura, ficará em um complexo esportivo, com o cabo voltado para o céu e terá uma pequena esfera simulando a bolinha ao lado.

A raquete será acompanhada por três estádios semiesféricos que simularão bolas de futebol, basquete e vôlei, e outro ao ar livre em forma de bola de rugby, aberto pela metade.

A construção do hotel está orçada em 300 milhões de iuanes (US$ 45 milhões) e ocupará 67 hectares de área.

O objetivo da cidade, de pouco mais de dois milhões de habitantes, pequena para as dimensões chinesas, é que nos próximos anos o complexo possa abrigar competições esportivas com padrões internacionais.

terça-feira, 22 de março de 2011

Desmoronamento de edifício no Pará foi causado por erro no cálculo estrutural, diz laudo da UFPA

Concepção estrutural inadequada levou ao colapso do prédio quando a estrutura foi submetida a uma combinação elevada de carregamentos verticais e horizontais. Fundações foram corretamente projetadas

 

Por: Ana Paula Rocha

Laudo técnico divulgado pela UFPA (Universidade Federal do Pará), por meio do Gaema (Grupo de Análise Experimental de Estruturas e Materiais), na última sexta-feira afirma que erros no cálculo estrutural foram responsáveis pela queda do edifício Real Class, em Belém, no Pará, ocorrido no dia 29 de janeiro. Segundo o documento, a concepção estrutural inadequada do projeto levou ao colapso do prédio quando a estrutura foi submetida a uma combinação elevada de carregamentos verticais e horizontais, provocados pelo vento e pelo peso das vigas.

Amostras de aço e concreto colhidos nos escombros foram ensaiadas para análise dos peritos.                                          

Apesar de o prédio ter caído verticalmente, o estudo concluiu, ainda, que as fundações foram corretamente projetadas, considerando-se as cargas informadas no projeto estrutural. O concreto e o aço empregados na obra também apresentavam resistências compatíveis com as recomendadas pelas normas brasileiras.

Chefiada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PA), a comissão que solicitou a perícia é composta por representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Pará (Sinduscon), Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Associação dos Construtores de Obras Públicas (Acoop), Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Pará, Faculdade Ideal (Faci), Universidade da Amazônia (Unama) e Instituto de Avaliação e Perícias de Engenharia do Pará (Iapep).

O estudo foi realizado por sete engenheiros civis, professores da UFPA, e concluído em 45 dias, bem antes do tempo previsto, que era de 60 dias.  Softwares foram utilizados para analisar os projetos de arquitetura, a estrutura, as fundações e os laudos de sondagem, além de ensaios em amostras de aço e concreto colhidos no local.

De acordo com o CREA-PA, o laudo ainda será encaminhado à Câmara Especializada de Engenharia Civil, Geologia e Segurança do Trabalho da entidade, que irá verificar se houve negligência, imprudência ou imperícia por parte do engenheiro de estruturas. Se houver alguma conclusão neste sentido, o documento será encaminhado à Comissão de Ética, que também vai verificar e sugerir se caberá penalidade ao profissional; diante disso, o documento seguirá, finalmente, para a Câmara Especializada de Engenharia Civil, que vai definir se aplica a penalidade ou arquiva o processo.

Construído pela Real Engenharia, o edifício Real Class localizava-se na rua Três de Maio, no bairro de Nazarém. As obras haviam se iniciado em 2008 e seriam finalizadas em dezembro deste ano.

Confira o trecho do laudo técnico da UFPA divulgado pelo CREA:

"Após analisar os projetos de arquitetura, estrutura, fundações, laudos de sondagem e a realização de ensaios em amostras de aço e concreto colhidos no local, a equipe técnica concluiu que:

- O Concreto e o aço empregados na estrutura apresentavam resistências compatíveis com as recomendadas pelas normas brasileiras;
- As fundações foram corretamente projetadas considerando-se as cargas informadas no projeto estrutural;
- Considerando as recomendações normativas para dimensionamento de estruturas de concreto, para carregamentos verticais e para o vento, observou-se que o projeto estrutural executado não atendia tais recomendações, sendo a situação mais crítica referente à atuação do vento;
- Para a situação de colapso, no caso de construção, observou-se que as fundações apresentavam resistência significativamente superior, descartando-se a hipótese de que o colapso tenha se iniciado por esgotamento de sua capacidade resistente;
- Ainda para o caso de construção, verificou-se que diversos pilares no nível do pavimento térreo não apresentavam resistência compatível com os espaços atuantes, com alguns apresentando rupturas bruscas, sem avisos (fissuras).

Assim, a equipe concluiu que o colapso ocorreu por problemas de concepção estrutural e o colapso do edifício ocorreu quando a estrutura foi submetida a uma combinação elevada de carregamentos verticais e horizontais".

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dia Nacional da Construção Social


A adoção de uma estratégia de desenvolvimento, crescimento e qualidade de vida para os trabalhadores e familiares gera motivação e criatividade, resultando numa melhor qualidade de produção, na eliminação dos desperdícios e na criação de técnicas e métodos inovadores. Com esta crença, o Fórum de Ação Social e Cidadania da CBIC, promove, anualmente, um grande evento de Responsabilidade Social: o Dia Nacional da Construção Social.

Realizado simultaneamente em 23 Estados da Federação e no Distrito Federal no mês de agosto, o Dia Nacional da Construção Social é um marco nas ações de responsabilidade social do setor. Em 2008 foram mais de 300 mil atendimentos nas áreas de saúde, lazer e cidadania para os trabalhadores da indústria da construção e do mercado imobiliário e seus familiares. Mais do que o dobro dos atendimentos registrados em 2007, que foi 135 mil. Já no ano de 2009, foram beneficiados mais de 100 mil trabalhadores, registrando mais de 440 mil atendimentos.

Em 2010, o evento realizado em 27 cidades de 23 Estados e no Distrito Federal no dia 21 de agosto, alcançou 501.239 atendimentos beneficiando mais de 90 mil trabalhadores do setor e familiares.

Neste ano de 2011, o Dia Nacional da Construção Social terá o meio ambiente como tema principal dos debates e demais atividades. As organizações envolvidas na realização do evento irão promover ações de educação ambiental (palestras, jogos, oficinas, apresentações e atrações culturais entre os participantes) procurando alertar trabalhadores e familiares para a importância e uso adequado dos recursos naturais.

Moradia Digna



O Brasil ainda tem um déficit habitacional de 5,6 milhões de domicílios, situação que viola direitos humanos e sociais. Convencidos disso, movimentos sociais e populares, autoridades públicas, parlamentares, Frentes e Fóruns em favor da moradia e trabalhadores e empresários da construção civil criaram a Campanha Nacional pela Moradia Digna - Uma Prioridade Social. Nossa meta é garantir a todos um lugar digno que una a família, iniba a criminalidade e insira o indivíduo na sociedade e no mercado de trabalho.

Programa Inovação Tecnológica na Construção (PIT) da CBIC


A Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC foi fundada em 1957, no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de tratar de questões ligadas à Indústria da Construção e ao Mercado Imobiliário, e de ser a representante do setor no Brasil e no exterior. Sediada em Brasília, a CBIC reúne 62 sindicatos e associações patronais do setor da construção, das 27 unidades da Federação.

A CBIC representa politicamente o setor e promove a integração da cadeia produtiva da construção, em âmbito nacional, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.

Dirigida por um Conselho de Administração eleito pelos associados, a CBIC atua por meio das suas cinco comissões técnicas, duas delas voltadas para as atividades-fim: Obras Públicas, Privatizações e Concessões (COP) e Indústria Imobiliária (CII). Outras três comissões estão voltadas para as atividades-meio:

  • Política e Relações Trabalhistas (CPRT);
  • Materiais;
  • Equipamentos;
  • Serviços;
  • Tecnologia;
  • Qualidade e Produtividade (COMAT) e
  • Meio Ambiente (CMA).

A entidade conta ainda com três fóruns voltados para atividades específicas: Fórum de Advogados (FA), Fórum de Ação Social e Cidadania (FASC) e Fórum dos Seconcis. Além do Banco de Dados.

A CBIC representa internacionalmente a indústria brasileira da construção. Também integra a Federação Interamericana da Indústria da Construção (FIIC), filiada à Confederação Internacional das Associações de Construção (CICA). A FIIC, representante do setor da construção em toda a América Latina, compõe, em conjunto com entidades internacionais de outras regiões geográficas, um organismo responsável pelo intercâmbio mundial do setor.

A CBIC, entre outras ações, conta com um programa de estímulo a inovação tecnológica no setor da construção, com o programa PIT.

O Programa Inovação Tecnológica na Construção (PIT) é uma iniciativa da CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção visando estudar, analisar e definir diretrizes para o desenvolvimento, difusão e avaliação de inovações tecnológicas na construção civil brasileira.



Partindo do princípio de que os efeitos das inovações para o setor e para a sociedade como um todo são necessários no processo de desenvolvimento econômico e social do país, a CBIC pretende transformar as ações decorrentes de Programa em ações em ações permanentes e em contínuo aperfeiçoamento para atingir o mais amplo espectro possível de empresas e profissionais de todos os elos da cadeia produtiva.

Para tanto o Programa foi estruturado em duas grandes fases: uma de levantamento, estudos e análises iniciais e outra de desenvolvimento de ações e aperfeiçoamento dos estudos e análises.

O Programa teve início em outubro de 2007 chegando à conclusão da fase inicial no final de 2008.  Nesta fase foram pesquisados parâmetros atuais da utilização de projetos de inovação e identificados os gargalos para a difusão do conceito dentro do setor. Portanto, deste diagnóstico e caracterização de necessidades para impulsionar a Inovação na Construção Civil foram sinalizados 09 prioridades que se desdobraram em 09 projetos para a 2ª etapa do PIT:

  • Tributação compatível com a industrialização e inovação
  • Normas Técnicas- CB-02 /ABNT
  • Viabilização da inovação em obras públicas
  • Código de Obras Nacional
  • Difusão da inovação
  • Capacitação para a inovação
  • Ciência & Tecnologia para a inovação na construção
  • Conhecimento para a inovação
  • Coordenação Modular
  • Comitês Estaduais de Inovação

PRÊMIO CONCURSO FALCÃO BAUER



tem por objetivo a busca da inovação tecnológica para a indústria da construção,
e premiar trabalhos de pesquisa com comprovada eficiência em :
 
·       Modernização do processo construtivo
·       Industrialização
·       Aumento da produtividade
·       Redução dos custos
·       Redução dos custos homem/hora por metro quadrado
·       Sustentabilidade
·       Racionalização dos recursos naturais
·       Redução e reutilização dos resíduos da construção
 
O acervo do Concurso disponibiliza aos profissionais do setor da construção cerca de 400 trabalhos catalogados no CD confeccionado pela COMAT/CBIC  para todos aqueles que desejarem conhecer, pesquisar, analisar e utilizar as tecnologias nas modalidades novos materiais, novas ferramentas e novas técnicas para construção civil.
 
Este acervo de tecnologias é mais uma ferramenta de apoio às empresas, aos engenheiros, arquitetos, mestres de obras, estudantes e demais interessados no desenvolvimento das suas atividades do dia-a-dia.

quarta-feira, 16 de março de 2011

15 IBMaC - International Brick and Block Masonry Conference

15 IBMaC - International Brick and Block Masonry Conference

A alvenaria tem provado ser um material de construção muito eficiente por milhares de anos. Nos últimos anos, construções de alvenaria tem vindo a diminuir em algumas regiões, mas está apenas começando e/ou a aumentar rapidamente em outros. Como exemplo, milhões de unidades residenciais foram construídos em alvenaria no Brasil durante a última década. Provavelmente o mesmo acontece em outros países.

O recente desenvolvimento de novos materiais e técnicas, nomeadamente a utilização de reforço de FRP, de alvenaria e concreto protendido, tem avançado a
 industrialização do processo de construção, e facilitado o uso de alvenaria em situações em que tradicionalmente não teria sido tão eficiente.

Sustentabilidade tornou-se uma grande preocupação. Tópicos em Construção de Desempenho Energético, edifício verde, LEED, materiais reciclados e outros, precisam ser melhorados e desenvolvidos entre a indústria de alvenaria.

Importantes edifícios de alvenaria, patrimônios históricos, devem ser protegidos, reabilitados ou adaptados. Entender o comportamento destas construções em curso e propor melhores técnicas e materiais para adaptá-los é também uma meta da indústria de alvenaria.

O principal objetivo da conferência é explorar novas oportunidades de alvenaria: "para onde devemos ir e o que devemos desenvolver".


terça-feira, 15 de março de 2011

Começa a FEICON BATIMAT, maior feira brasileira da construção civil

Maior salão latino-americano de construção prevê público de 150 mil visitantes e a participação de 750 marcas com mais de 2.500 lançamentos!


As principais marcas do mercado brasileiro de construção civil estarão presentes na 19ª FEICON BATIMAT. O evento, que é uma das principais ferramentas de marketing e vendas e congrega toda a cadeia produtiva do setor, tem a participação de 750 marcas, de 21 países, e é direcionada a arquitetos, engenheiros, incorporadores, lojistas de materiais para construção, construtores, decoradores e consumidores interessados em construir e reformar.

Já em sua 19ª edição, a FEICON BATIMAT se firma como grande aposta dos empresários para apresentar, já no inicio do ano, os lançamentos e tendências do setor. Prova disso é o aumento da área ocupada por expositores internacionais.

Como são construídos os edifícios resistentes a terremotos

O terremoto no Japão, com as devidas correções sobre a real magnitude alcançada, que na verdade atingiu 9 pontos, é considerado o maior da história desse país e o quarto maior da história no mundo já registrado.

Muitas perguntas surgem então sobre como devem ser construídos edifícios e outras estruturas civis de modo a resistirem a tais eventos naturais.

Os projetos estruturais de grandes edifícios, por exemplo, devem ser feitos com vistas a dissipação da energia introduzida pelo sismo. Essa energia balança a estrutura, que muda sua posição e centro de massa rapidamente, o que altera sua configuração de equilíbrio, podendo levar a esforços acima dos limites projetados para os elementos estruturais, que podem sofrer danos graves ou mesmo romper.

Para compensar tais situações extremas ou minimizar seus efeitos, novas tecnologias estão disponíveis. Uma delas prevê a instalação de atuadores, ou melhor, sistemas hidráulicos que permitem compensar os efeitos dinâmicos atribuídos à estrutura. Nesse sentido, os elementos teriam rigidezes compatíveis com as diferentes situações de solicitação, ficando mais ou menos rígidos a depender da carga aplicada e da natureza da ação dinâmica. Esses atuadores hidráulicos são instalados em elementos (e locais) estratégicos dos edifícios, permitindo criar formas de dissipar a energia acumulada, como amortecedores em carros, por exemplo, liberando e atenuando o movimento ao invés de transmití-lo aos elementos adjacentes.

Outra possibilidade é o uso de um sistema de massas compensatórias, que se movimentam na estrutura, permitindo compensar as mudanças do centro de massa dos prédios quando movimentados pelas ações sísmicas. Neste caso, quando o prédio balança para um lado, a massa se movimenta na direção contrária, por exemplo, o que compensa esse efeito e atenua a amplitude dos movimentos do prédio no tempo, promovendo o amortecimento das vibrações. Esses sistemas podem ser tanto ativos, acionados por atuadores hidráulicos, quanto passivos, com enormes massas se movendo em mesas deslizantes.

Existem ainda outros sistemas, que trataremos oportunamente. No link do G1 é possível ver em detalhes alguns desses sistemas anti-terremoto.


Link do G1

Má qualidade de projetos de engenharia e licitação pelo menor preço nas obras públicas

Recentemente, iniciou-se no Brasil uma discussão sobre a qualidade das obras públicas. Tema sempre polémico, há opiniões de todo tipo.

Em recente pronunciamento, o ministro-chefe da CGU culpa o despreparo dos quadros técnicos pelo trancamento das obras públicas. Ele está certo ao considerar que faltam engenheiros, mas será essa a única questão. Edemar de Souza Amorim, ex-presidente do Instituto de Engenharia, traz à luz dessa discussão as consequências das licitações pelo menor preço. 


1) Má qualidade de projetos de engenharia trancam obras, diz CGU

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou que a má qualidade de projetos de engenharia é o principal fator para que obras públicas esbarrarem na fiscalização do órgão:

"Aí está o embrião dos futuros problemas de sobrepreço, de jogo de planilha, de a empresa pleitear aditivos além dos limites legais. Tudo vem da falta de ter um bom projeto", disse Hage. 

Ele participou do 6º Encontro de Lideranças do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), que ocorre em Brasília. O ministro criticou o fato de muitos órgãos fazerem licitações sem sequer ter o projeto base e creditou a deficiência à falta de servidores capacitados.  

"Não tem bons projetos porque muitos órgãos públicos estão desaparelhados de engenheiros capacitados para fazer projetos ou mesmo para elaborar um bom edital para contratar projeto com uma empresa", afirmou. 

Segundo o presidente da Confea, Marco Túlio de Melo, mais de 90% dos municípios brasileiros não têm no quadro permanente profissional de área técnica capaz de fazer edital para contratar empreendimentos. 

"Vemos que no Brasil a estrutura de controle se desenvolveu mais rápido que a área de execução", disse ele, lembrando que até 2006 o Ministério do Planejamento tinha apenas um engenheiro em seu quadro permanente. 

Além da elaboração de projetos de qualidade, Hage sugeriu que a corrupção e as irregularidades na execução de obras sejam combatidas com reforço nas comissões de licitação e no reforço na capacidade de acompanhamento e fiscalização. Também pediu o aperfeiçoamento do regramento jurídico, especialmente da Lei de Licitações. 

"Defendemos a ampliação do uso do pregão e do uso do pregão eletrônico até determinado valor para obras públicas e não somente para bens e serviços de uso comum, como é feito hoje", afirmou Hage.

2) Contratação pelo menor preço: um exemplo de má gestão de recursos públicos

Edemar de Souza Amorim para a Revista Engenharia
Publicado em 05 de Março de 2010


A contratação de uma obra ou um serviço não é trabalho para amadores. São tantas as variáveis a serem consideradas, que só mesmo com a soma de grande experiência, amplos conhecimentos, técnicos, econômicos, financeiros, jurídicos, sociais e de mercado, além de muita informação, será possível reduzir ao mínimo os riscos da má contratação.

Para se adquirir qualquer coisa, serviço ou obra, são necessárias várias especificações rigorosamente precisas, do que se quer comprar e de que forma deve ser entregue. Na medida em que os produtos e serviços a serem comprados se tornam mais complexos, mais sofisticada será a operação.

Muitas vezes na compra de alguma coisa não nos damos conta de que fazemos mentalmente uma especificação detalhada do objeto que se deseja, para que o resultado seja satisfatório. Por exemplo, ao adquirir um pacote de 500 folhas de papel para impressora, não notamos que mentalmente especificamos: “cor branca, 75g/m², tamanho A4”. Evidentemente que para uma melhor compra, procuraríamos entre vários “fornecedores idôneos”, as melhores “condições de preço, de pagamento e de entrega”.

Também, ao se contratar uma obra ou serviço, deveríamos obrigatoriamente fazer uma perfeita especificação técnica e uma seleção de fornecedores. Uma análise minuciosa dos prazos de entrega, condições de pagamento e comparação de preços. Qualquer falha na especificação técnica e ou na seleção de fornecedores resultará numa contratação de alto risco.

A redação de regulamentos e leis ao longo do tempo, com base nas experiências bem ou mal sucedidas, é uma das maneiras de se aplicar os conhecimentos adquiridos no aperfeiçoamento dos processos de compras e contratações. Dessa forma as entidades públicas e as empresas privadas foram consolidando suas leis e ou regulamentos buscando minimizar os problemas decorrentes de falhas nas contratações.

No setor público em nosso país, as escolhas de fornecedores, de obras, de serviços e de bens, são regidas pela famosa lei 8.666, que desde sua entrada em vigor está provocando um desmoronamento do sistema de contratações de obras e serviços, afetando as empresas e o mercado, de tal monta que cada licitação se tornou um problema mais jurídico do que técnico, atrasando enormemente os programas governamentais e, consequentemente, a contratação, na maioria das vezes, de empresas sem condições de fazer a obra com a qualidade e prazos desejados.

As leis são feitas com base nas experiências sofridas e vividas, e portanto passíveis de modificações para seu aperfeiçoamento, o que não está ocorrendo com a nossa 8.666. Entre muitas de suas falhas, destacamos alguns itens a nosso ver prioritários.

As obras estão sendo colocadas em licitação, sem projeto completo e detalhado, prejudicando totalmente a comparação das propostas.

Não estão sendo analisados devidamente os preços apresentados, faltando elementos para decidir sobre a exequibilidade ou não dos preços.

Não é possível simplesmente se contratar apenas pelo preço mais baixo.

Melhorar a sistemática de seleção de fornecedores, que mudou de uma legislação muito restritiva para outra completamente aberta, que não está levando em consideração devidamente, a necessária experiência do fornecedor.

E, outro ponto fundamental, senão o mais importante, é a não responsabilização das empresas e dos profissionais de seu corpo diretivo, pela proposição de preços inexeqüíveis, que resultam em alterações no objeto do contrato ou no insucesso econômico provocando piora na qualidade ou paralisação das obras.

Medidas simples, como proibição de participar de outras licitações por um longo período, ou eliminação do registro cadastral, reduziriam certamente grande parte dos problemas.
Falta ao administrador público muitas vezes, tomar decisões drásticas, que certamente não são políticas, que no primeiro momento, aparentemente, atrasaria seu programa de obras, mas evitaria o incalculável prejuízo de uma obra parada.

Bastaria, por exemplo, toda vez que uma empresa apresentasse uma proposta 10% abaixo da proposta em segundo lugar, ou 20% abaixo da média das propostas, exigirem para assinatura do contrato, um seguro-garantia no valor total da proposta. Caberia à seguradora exigir da empresa garantias de tal monta, que se fosse o caso, desistiria do contrato, evitando-se assim o prejuízo ao órgão contratante.

Existe uma tendência natural do responsável pelo setor público em contratar pelo preço mais baixo, numa atitude de auto proteção, para evitar acusações de favorecimento, não se importando com as conseqüências no futuro, quando e se a obra não for completada, ou quando o contratante for obrigado a fazer concessões, para não levar a empresa à insolvência ou paralisar a obra.

No início de minha carreira profissional, tive oportunidade de trabalhar em uma empresa que construiu dois trechos da Rodovia Castello Branco, um em Boituva e outro em Itatinga, o que gerou uma especial predileção pela rodovia e pelo seu entorno, culminando com a compra de uma propriedade rural no município de Itaí, que vim a conhecer durante a construção, pois dele vinham as “pedras brancas” que originalmente revestiam os acostamentos da estrada. Tenho viajado pela Castello de São Paulo até Avaré desde sua inauguração em 1971, no mínimo uma vez por mês nestes 34 anos. Poderia dizer que conheço cada curva, cada obra-de-arte e até hoje me lembro dos trechos de cada empreiteira durante as obras. É para mim um motivo de orgulho ter participado da construção desta rodovia que reputo ser uma das melhores, senão a melhor do Brasil.

Cada vez que passo pelo trecho da serra de Botucatu, na altura do km 205, vejo uma enorme cicatriz naquela maravilha, um trecho com quase dois quilômetros sem a pista direita, por não terem sido concluídas as obras de um viaduto.

Lembro-me de ter passado pelo local durante a construção da estrada, pelos caminhos de serviço, pois não existiam ainda as pistas e visitado as obras de dois viadutos em construção na pista esquerda. O maior deles, com aproximadamente 540 metros de comprimento estava sendo construído dentro dos melhores padrões de construção da época, e tinha um canteiro de pré-moldados na parte mais elevada, muito bem organizado e eficiente, o que permitiu à empresa entregar a obra em tempo para a inauguração no início de 1971.

Nessa ocasião, foi aberta uma licitação para a construção do viaduto da pista direita, semelhante ao outro. O órgão contratante impôs um orçamento básico muito baixo e só aceitaria propostas com preços entre 90% e 110% do orçamento. Apresentaram-se então apenas três empresas. A empresa que estava terminando o viaduto da pista esquerda, com o canteiro montado e em operação, a empresa em que eu trabalhava, com canteiro a 10 quilômetros do local e uma terceira empresa que sabidamente não tinha condições técnicas e econômicas para uma obra de tal porte. Ao se abrirem as propostas, o resultado surpreendente para alguns foi a última empresa citada com proposta de 90% do orçamento do órgão e as outras duas propostas com preços em torno de 130% do orçamento. A proposta da empresa para a qual eu trabalhava, que era especializada em obras-de-arte, talvez a mais importante do país na época, ficou em terceiro lugar. A empresa com canteiro já instalado e operando no local que estava terminando o viaduto ao lado, ficou em segundo lugar com uma pequena diferença, de menos de 3%. A empresa com o menor preço assinou o contrato, iniciou as obras e após alguns meses ficou insolvente e teve sua falência decretada, paralisando a obra.

O que vimos foi uma sucessão de erros, desde a imposição de preços inexeqüíveis pelo órgão contratante, a seleção pelo preço mais baixo, a não aceitação das outras propostas que sinalizavam claramente que alguma coisa estaria errada na licitação.
O sentimento de auto preservação (ou despreparo?) faz com que o administrador público erradamente aceite o preço mais baixo, mesmo com graves evidências de erros. Caso o administrador público na época tivesse anulado a licitação devido à grande discrepância entre os preços, a obra teria atrasado uns seis meses e não 35 anos. Certamente o prejuízo causado ao contribuinte seria infinitamente menor do que estamos pagando pelo capital empregado e não utilizado. Posso afirmar que se a obra tivesse sido contratada pelo segundo preço, o custo benefício teria sido melhor e não teríamos esta vergonhosa cicatriz há 35 anos.

Para agravar as conseqüências, da decisão de contratar a obra pelo menor preço, sem maiores análises, encontramos na altura do km 206, um outro viaduto escondido pelo mato, que para sua utilização necessita da conclusão do viaduto citado. Lembro bem de sua construção que acabou sendo inútil, não tendo sido utilizado até hoje (mais de 30 anos). Mais um desperdício de verba pública aplicada e não utilizada devido a um erro administrativo em uma licitação.

Para completar a má gestão da coisa pública, estas obras atravessam mais de 30 anos e nenhuma providência tem sido tomada para a solução. Em 1998, durante as licitações para seleção de concessionárias para operação e manutenção das rodovias paulistas, o governo perdeu uma grande oportunidade de incluir estas obras no escopo de serviços da concessionária do trecho.

Como não se deve perder a esperança de um dia haver alguma lucidez na administração pública, quem sabe ainda decidam negociar com a concessionária do trecho a conclusão dessas obras pelo seu contrato, sem pagamento extra, apenas estendendo o prazo de concessão por algum tempo a ser definido em função dos custos da obra.

Estes são os tristes exemplos das conseqüências da escolha pelo menor preço e da má gestão dos recursos públicos.





segunda-feira, 14 de março de 2011

Ações de terremotos e outras ações dinâmicas em projetos estruturais no Brasil

Por: Ricardo Alvim

O estudo das ações dinâmicas decorrentes de terremotos, e suas consequências em estruturas civis, no Brasil é ainda alvo de poucas investigações, principalmente quando comparado ao restante do mundo. Primeiro, porque o Brasil encontra-se situado em uma região considerada estável sismologicamente, o que geram poucos históricos e dados para estudos. Segundo, porque ainda se investe pouco na formação de profissionais com esses conhecimentos nos cursos de engenharia brasileiros e, consequentemente, o tema ainda desperta pouco interesse na pesquisa acadêmica.

Por outro lado, acontecimentos sísmicos recentes, com abalos de pequena magnitude, registrados nas regiões centrais do país, e no nordeste, têm levado alguns pesquisadores a rever tais conceitos e procurar avaliar as condições das construções em geral no Brasil sob as condições dinâmicas de funcionamento, especialmente as de concreto armado pré-fabricadas e de alvenaria estrutural, tendo em vista o crescimento na utilização dessas estruturas no Brasil.
Mais do que isso, o estudo do comportamento dinâmico das estruturas permite não apenas projetar estruturas resistentes aos sismos, como também melhorar o projeto das estruturas para outras condições de solicitações dinâmicas, tendo como consequência a revisão de procedimentos de projeto e até mesmo as dimensões e detalhamentos.

O comportamento das estruturas sob ações de sismos ou outras solicitações dinâmicas, como ventos e carregamentos de veículos pesados (como caminhões e trens) é estudado no Brasil para o projeto de pontes e estruturas de edifícios altos. Em algumas situações de projeto, edifícios com mais de 4 pavimentos, sob determinadas condições de vento, por exemplo, o estudo dessas solicitações de natureza dinâmica é obrigatório, e dependendo das condições do projeto, essenciais, como no caso das ações de vento em edifícios altos; em geral no Brasil com mais de 20 pavimentos.

Isso torna muitas vezes o projeto mais caro e, por vezes, encontra por parte das construtoras resistências na aceitação de novas dimensões para os elementos estruturais típicos, especialmente os pilares, quando comparados aos elementos tradicionalmente encontrados nas estruturas existentes. Mas a consideração das ações horizontais devidas ao vento é obrigatória em prédios altos, e devem ser ativadas nas análises estruturais, geralmente feitas com apoio de recursos computacionais mais robustos em programas de análise específicos para o cálculo e detalhamento dessas estruturas.

Assistimos, na condição de projetista de estruturas e consultor há mais de 20 anos, por diversas vezes, projetos que falharam e apresentaram patologias graves porque simplesmente os recursos de análise de ventos eram desativados nos programas em uso, fato que conduz a redução nas dimensões das peças e na quantidade de armaduras.

De certa forma, as dimensões mínimas dos elementos estruturais sempre foi tema polêmico no Brasil. Há estudos que apontam, todavia, que a ideia de que as estruturas brasileiras de concreto armado possuem dimensões exageradas não passa de mito. E que estatisticamente estariam dentro de condições equivalentes ao que é praticado no restante do mundo. Mas isso não significa que o padrão estabelecido por estruturas construídas há mais de 40 anos devem ser únicos e pautar as referências dos projetos atuais, feitos com muito mais recursos computacionais à disposição.

O fato é que o Brasil ainda não experimentou um crescimento no número de construções de grande porte. Prédios altos, com mais de 500 metros, e pontes de grande comprimento ainda estão longe de alcançar, em número de obras e escala das construções, o que se verifica nos projetos de ponta pelo mundo afora. Por isso, as escolas de engenharia devem se antecipar e preparar uma nova geração de engenheiros capazes de enfrentar tais problemas, tendo em vista principalmente o período de ociosidade vivido pela engenharia brasileira nas décadas de 80 e 90. A retomada do crescimento certamente passará pelo enfrentamento de tais questões.



No que tange ao comportamento das estruturas não são admitidos danos por ações dinâmicas, fracas ou moderadas, que possam ocorrer com maior probabilidade durante o período de vida da estrutura. As normas impõem certas restrições, medidas nas relações com as respostas em regime elástico e sob cargas aplicadas estaticamente. Isso significa que os parâmetros de comparação são por vezes os deslocamentos máximos (amplitudes) alcançados sob condições dinâmicas de solicitação.

Dessa forma, o dimensionamento deve assegurar às estruturas características de rigidez e resistência de modo que, perante aquela ação, a resposta dinâmica global das estruturas seja essencialmente elástica. Nem sempre, todavia, isso é economicamente aceitável.

Com relação a estruturas sujeitas a sismos de grande intensidade, onde são aceitos alguns danos estruturais e, por conseguinte, que as respostas aconteçam em regime inelástico; nestas circunstâncias, a verificação da segurança se dá por critérios que assegurem uma baixa probabilidade de ruína, minimizando também suas consequências pela forma e velocidade do colapso em si (David Orlando Moreira Pinto).

A capacidade de uma estrutura em suportar um sismo intenso, ou outras ações dinâmicas intensas, sem colapso, está associada à formação de mecanismos de dissipação da energia. (No Japão, por exemplo, as casas em madeira são muito comuns, por causa da grande capacidade desse material em dissipar energias oriundas de sismos).

Nas estruturas em geral, a capacidade de dissipar energia se dá pela aptidão dos seus elementos, em ciclos de carga alternada, suportarem deformações para além dos seus limites elásticos, sem perda significativa de rigidez e resistência.

Esta aptidão é em geral designada por ductilidade inerente da estrutura e está não só associada às características dos diferentes tipos de sistemas materiais como também, e de forma muito importante, aos processos de dimensionamento sísmico das estruturas.

No caso dos grandes edifícios verifica-se a opção por sistemas mistos, de aço e concreto armado. O aço presente nas regiões mais altas das torres, formando parte do arcabouço resistente. E a presença do concreto armado, em maior reserva nas bases das torres, se dá não apenas por suas características estruturais óbvias, dada a capacidade de suporte de cargas de compressão, mas, sobretudo, consideradas as ações horizontais, ventos, e a possibilidade de sismos, onde o concreto atua como bom dissipador de energias transmitidas à estrutura por essas ações, permitindo economia de aço, usado apenas para suprir as deficiências do concreto simples à tração.

Isso ocorre porque o concreto fissura, permitindo criar por meio desse processo de microfissuração um sistema de amortecimento interno e de dissipação das energias acumuladas nos ciclos de carregamento dinâmicos impostos nas condições de operação das estruturas severas, com cargas de grande intensidade. 
Mecanismos normalizadores internacionais, como o Eurocode 8, prevêem exaustivamente as condições de projeto para essas situações, considerando as análises em regime não-linear. Contudo, as análises dinâmicas em regime não-linear não são ainda verificadas na prática corrente dos projetos de engenharia, em especial no Brasil, dada a sua complexidade, os custos e o tempo envolvidos.

Por isso, o dimensionamento das estruturas é habitualmente baseado na determinação da resposta elástica, sendo os resultados corrigidos por coeficientes de segurança, de modo a estimar os valores correspondentes a um regime não-linear.

Além disso, são prescritas diversas disposições construtivas para garantir um comportamento estrutural satisfatório em presença de ações sísmicas, ou dinâmicas de outra natureza, intensas, de modo a dotar as estruturas de resistência e ductilidade necessárias para assegurar que a dissipação de energia se processe de uma forma estável; por vezes conseguindo pelo uso de atuadores ativos ou passivos.

Igualmente necessário é garantir que o grau e a distribuição do dano estrutural não conduzam à ocorrência de colapsos globais ou locais; e que na sua iminência, isso se dê de forma “avisada”, isto é, permitindo apresentar elementos que denunciem tais estados comprometedores. O que pode ser obtido pelas avaliações do projeto em regime inelástico e, de forma mais simplificada, pela observância dos estados de fissuração sistemáticos do concreto armado, onde é possível verificar perdas acentuadas de rigidez efetiva das estruturas, que podem chegar a valores convergentes da ordem de até 20% da rigidez nominal.

Nessas condições, pesquisas de ponta têm sido feitas para permitir simular as condições operação das estruturas em condições mais realistas, em modelos em escala real (ver figura).


O Brasil ainda precisa se adiantar nesse tipo de pesquisa.  Ao longo das duas ultimas décadas, todavia, verifica-se um grande desenvolvimento das técnicas experimentais e dos métodos de análise estrutural em regime dinâmico no Brasil.

Ainda assim, outras questões encontram-se em aberto, sobretudo as que dizem respeito ao estudo das respostas sísmicas dos sistemas estruturais; a determinação das situações de iminente colapso, com a identificação dos mecanismos de dano e sua quantificação.

Na UESC, um grupo de pesquisadores, em parcerias com outros centros de pesquisa, tem procurado investigar o tema, em especial nos projetos de pontes ferroviárias, com parcerias com a UFPA - Universidade Federal do Pará, e alvenarias estruturais, com pesquisas com a UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana.