terça-feira, 15 de março de 2011

Como são construídos os edifícios resistentes a terremotos

O terremoto no Japão, com as devidas correções sobre a real magnitude alcançada, que na verdade atingiu 9 pontos, é considerado o maior da história desse país e o quarto maior da história no mundo já registrado.

Muitas perguntas surgem então sobre como devem ser construídos edifícios e outras estruturas civis de modo a resistirem a tais eventos naturais.

Os projetos estruturais de grandes edifícios, por exemplo, devem ser feitos com vistas a dissipação da energia introduzida pelo sismo. Essa energia balança a estrutura, que muda sua posição e centro de massa rapidamente, o que altera sua configuração de equilíbrio, podendo levar a esforços acima dos limites projetados para os elementos estruturais, que podem sofrer danos graves ou mesmo romper.

Para compensar tais situações extremas ou minimizar seus efeitos, novas tecnologias estão disponíveis. Uma delas prevê a instalação de atuadores, ou melhor, sistemas hidráulicos que permitem compensar os efeitos dinâmicos atribuídos à estrutura. Nesse sentido, os elementos teriam rigidezes compatíveis com as diferentes situações de solicitação, ficando mais ou menos rígidos a depender da carga aplicada e da natureza da ação dinâmica. Esses atuadores hidráulicos são instalados em elementos (e locais) estratégicos dos edifícios, permitindo criar formas de dissipar a energia acumulada, como amortecedores em carros, por exemplo, liberando e atenuando o movimento ao invés de transmití-lo aos elementos adjacentes.

Outra possibilidade é o uso de um sistema de massas compensatórias, que se movimentam na estrutura, permitindo compensar as mudanças do centro de massa dos prédios quando movimentados pelas ações sísmicas. Neste caso, quando o prédio balança para um lado, a massa se movimenta na direção contrária, por exemplo, o que compensa esse efeito e atenua a amplitude dos movimentos do prédio no tempo, promovendo o amortecimento das vibrações. Esses sistemas podem ser tanto ativos, acionados por atuadores hidráulicos, quanto passivos, com enormes massas se movendo em mesas deslizantes.

Existem ainda outros sistemas, que trataremos oportunamente. No link do G1 é possível ver em detalhes alguns desses sistemas anti-terremoto.


Link do G1

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