sexta-feira, 15 de julho de 2011

As madeiras do Panteão de Roma


O Panteão de Roma, única construção da época greco-romana ainda em perfeito estado de conservação, é bastante conhecido na Engenharia Civil, em especial na área de Estruturas, pela forma arrojada de sua cúpula, com 42 m de vão.

O Panteão original foi construído em 27 a.C., durante a República Romana, durante o terceiro consulado de Marco Vipsânio Agripa, daí também ser conhecido como Panteão de Agripa, amigo e genro do imperador Augusto. 
 


O Panteão foi destruído por um incêndio em 80 d.C., sendo totalmente reconstruído em 125 d.C., durante o reinado do imperador Adriano, como é possível verificar pelas datas impressas nos tijolos que fazem parte da sua estrutura.

O material usado na construção foi concreto produzido com cimento natural, de material pozolânico, tendo-se empregado agregados leves. O nome é derivado da localidade italiana de Pozzuoli, nas imediações do Vesúvio, onde é encontrado em cinzas vulcânicas conhecidas por cinzas pozolânicas ou pumicite.





Nas fotografias, é possível perceber uma das características mais marcantes dessa estrutura, a abertura de 8,2 m de diâmetro no alto da cúpula. É marcante o efeito da luz ao penetrar a estrutura, criando uma atmosfera única para quem visita o local, provocada com a projeção do sol incidindo sobre o relevo dos alvéolos da grande abóbada.


Por outro lado, também marcantes são os detalhes construtivos que podem ser vistos pelos os olhos mais atentos. Destacam-se assim as estruturas de madeira que compõem a cobertura frontal da edificação. Composta por um conjunto de treliças em madeira de peças bastante robustas,e ligações em entalhes e pinos metálicos


A cobertura está situada junto a base da cúpula e as treliças são biapoiadas em estruturas em arco, feitos em pedra. 


Nas fotografias é possível perceber os detalhes das ligações feitas com peças metálicas tipo braçadeiras, que prendem os banzos da treliça.


Os demais elementos da cobertura são tradicionais, e são visíveis terças e caibros de suporte do telhado.






As estruturas de apoio, além de soluções bastante eficientes, compreendem princípios de projeto estrutural considerados atuais, que remetem ao combate aos esforços de corte nas peças junto aos apoios.




Os pilares de sustentação são extremamente robustos e altos.


O Panteão de Roma é uma estrutura singular e deve ainda ser lembrado nos cursos de Engenharia Civil como exemplo de estudo.

Novo Pavilhão da UESC atenderá a Área de Exatas e Tecnológicas

O novo Pavilhão de Aulas, que está sendo contruído na UESC, atenderá as demandas por salas de aula e laboratórios necessárias para a fase de implantação dos novos cursos de Engenharia que iniciarão suas atividades no segundo semestre de 2011. Os cursos de Engenharia Civil, Elétrica, Química e Mecânica terão suas primeiras turmas iniciadas em outubro de 2011, juntando-se ao Curso de Engenharia de Produção, que teve seu Projeto Pedagógico Acadêmico reformulado.

Para saber mais: Jornal da UESC

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Prêmio Tafibra é apresentado em Portugal

O resultado do Prêmio Tafibra foi apresentado em Portugal, onde pesquisadores do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas da UESC foram contemplados com a segunda colocação, com o trabalho intitulado: Metodologia para avaliação da segurança de estruturas do tipo Hauff em coberturas de grande porte de madeira no Brasil, cujos autores são Ricardo de C. Alvim; Luis A. C. M. Veloso; Pedro A. O. Almeida; Rosana de A. Arleo Alvim. O prêmio foi recebido pelo Prof. Dr. Carlito Calil Jr, da USP, na cerimônia de entrega, em nome dos brasileiros.




Os artigos e apresentação podem ser vistos em: http://engenhariacivildauesc.blogspot.com/p/publicacoes.html

Universidades brasileiras divulgam ciência


De abril para cá, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Universidade de Brasília (UnB)
aumentaram os esforços para aproximar do público o trabalho de seus pesquisadores. Elas lançaram, respectivamente, os sites jornalísticos Ciência e Cultura Agência de Notícias em CT&I e UnB Ciência voltados para os internautas em geral. As iniciativas, que também buscam manter um diálogo com a própria comunidade universitária, nasceram da carência desse tipo de informação no Brasil.

Abrir o espaço para os sites não foi sem percalços, embora seja clara a desconexão entre a produção científica dessas instituições os internautas no país. “Depois de dez anos aqui na universidade, agora o projeto de divulgação científica começou a andar”, conta Simone Terezinha Bortoliero, coordenadora geral do Curso de Especialização em Jornalismo Científico e Tecnológico da Faculdade de Comunicação da Ufba. A agência surgiu, em parte, como laboratório de experimentação para os alunos do curso, com apoio de um edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Essa não é a primeira incursão da Ufba pela divulgação: na década de 1990, a universidade teve uma experiência chamada Ciência Press, que acabou por falta de continuidade. 

“Salvador tem três milhões de habitantes, mas um único jornal que produz meia página de ciência com fontes oriundas do eixo Rio-São Paulo”, observa Simone. Segundo ela, os jornalistas locais procuram entrevistados na universidade, porém o próprio assessor de imprensa tem dificuldade em saber quais estudos são produzidos dentro da instituição. “Poucos pesquisadores têm interesse em divulgar à comunidade”, alerta a professora.

Para Simone, principalmente no estado em que trabalha, falta a percepção de que a ciência também faz parte da cultura local. “A Bahia não tem o costume de discutir ciências e achar que é importante. As artes conseguem mais presença nos debates”, reflete. Porém, aos poucos, ela crê que é possível reverter essa situação. “Os pesquisadores estão reagindo bem, apenas em um dia cinco professores se candidataram para escrever para nosso site. Além disso, os estudantes de jornalismo estão indo aos departamentos forçar o diálogo”, conta Simone.

Em Brasília, a editora de jornalismo Ana Lúcia Moura afirma ter desfrutado de menor dificuldade e resistência dos docentes. “Os pesquisadores queriam muito ter um espaço para contar o que acontece nos laboratórios”, diz. Com freqüência, os cientistas se queixavam quando matérias do cotidiano da instituição – como greve e vestibular – tinham mais destaque no portal da UnB do que aquelas sobre pesquisas. Mesmo assim, o UnB Ciência apenas entrou no ar depois de um ano de projeto.  Agora, do portal principal da instituição, o leitor é diretamente reencaminhado ao UnB Ciência.

Antes de desenvolver o projeto na capital federal, um levantamento sobre sites de universidades brasileiras e estrangeiras revelou que a maioria dá preferência às notícias cotidianas. Apenas algumas privilegiam a ciência. “Divulgar notícias sobre ciência produzida na universidade é importante para a instituição, um processo de transparência já que há investimento público”, acredita a jornalista. “Além disso, uma notícia pode ser lida por outro pesquisador e acabar cumprindo o propósito de criar um intercâmbio entre eles”, completa.

Para atingir todos esses objetivos, o UnB Ciência divide as matérias por área de interesse – como Engenharias, Artes e Humanidades, Interdisciplinares –, enquanto o site da UFBA aposta em chamadas para notícias na página principal e em meios multimídia como sua Web TV. Agora, é mais fácil saber um pouco mais sobre a produção científica, genuinamente, brasileira.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Minerva como Símbolo da Engenharia

Muita gente pergunta o motivo da Minerva ser escolhida como símbolo para a maioria dos cursos de Engenharia no Brasil. Bem, resposta fácil para isso não tenho, mas podemos ver inúmeras razões.

Primeiro, para os que ainda não sabem, a Minerva é a equivalente romana da deusa grega Atena. Minerva era filha de Júpiter, que após engolir a deusa Métis (Prudência), com uma forte dor de cabeça, pediu a Vulcano que abrisse sua cabeça com o seu melhor machado, de onde saiu Minerva. Já adulta, portando escudo, lança e armadura, passa a ser considerada uma das três deusas virgens, ao lado de Diana e Vesta.

Por ter saído da cabeça de Júpiter, Minerva passa a ser conhecida como a deusa da sabedoria, das artes e da estratégia de guerra.  Minerva e Netuno disputaram entre si qual dos dois daria o nome à cidade que Cécropes, rei dos atenienses, havia mandado construir na Ática. E essa honra caberia àquele que realizasse a maior proeza, em beleza e significado. Minerva, com um golpe de lança, fez nascer da terra uma oliveira em flor, e Netuno, com um golpe do seu tridente, fez nascer um cavalo alado e fogoso. Os deuses, que presidiram a este duelo, decidiram em favor de Minerva, já que a oliveira florida, além de muito bela, era o símbolo da paz. Assim, a cidade nova da Ática foi chamada Atenas. A Minerva era para os ateanienses a deusa da excelência, da misericórdia e da pátria

Além disso, Minerva é sempre representada com um capacete na cabeça, escudo no braço e lança na mão, porque era a deusa da estratégia de guerra.  E sempre tendo junto de si um mocho e vários instrumentos matemáticos, por ser também deusa da sabedoria. Por isso, acabou sendo alçada a símbolo oficial dos engenheiros.

A Escola Politécnica de São Paulo, uma das mais tradicionais escolas de engenharia do Brasil, tem como símbolo a Minerva. Na sua página comparecem algumas das inúmeras ilustrações dessa simbologia ao longo de sua história.

O Curso de Engenharia Civil da UESC também adotou como símbolo a Minerva, estilizada de modo a compor três elementos que remetem, em traços artísticos, ao mapa da região cacaueira, na forma total do rosto da Minerva, das cores dos municípios de Ilhéus, Itabuna, do Estado da Bahia e do Brasil, e contornos de componentes da computação de estruturas, que são alvo das temáticas mais modernas na Engenharia Civil.

Dentre as coleções mais interessantes de estatuetas de Minerva, certamente se incluem a do Museu do Louvre, em Paris – França, e a do Museu do Vaticano. Algumas dessas imagens podem ser vistas a seguir.
Coleção do Louvre


Coleção do Vaticano